This author masterfully weaves together the fantastical and the real to explore collective social issues through metaphorical and mythical figures. Her narrative plans are multi-layered, reflecting her unique perspective on the human experience. Through her works, she delves into the complexities of life, offering readers a profound and enriching journey.
With members of her large family having left the hardship of life in this
landscape of sand and stone for jobs in faraway places, a young woman
struggles to piece together her past from the many and differing stories she
is told. Left behind by a feckless father, with a talent for drawing, she is
raised by her uncle who has married her mother.
Milene, die Anstößige – kennt sie nicht die Rücksichten und das kluge Doppelspiel, womit die Vernünftigen sich in der Gesellschaft bewegen? Mit ihrer befremdlichen Direktheit bringt sie zwei streng getrennte Welten durcheinander. Und seltsam, am Ende ist sie, obwohl von ihrer Familie hintergangen, die einzige, die gefunden hat, was sie sucht. Von ihren großspurigen Verwandten wird Milene, die als Waise bei ihrer Großmutter aufgewachsen ist, als kindisch zurückgeblieben abgetan, und als sie nach dem Verschwinden und unwürdigen Tod der Großmutter nicht zurückfindet in ihre Welt, flüchtet sie sich zu der dunkelhäutigen und vielköpfigen Einwandererfamilie von den Kapverden, auf die sie bei der Suche nach ihrer Großmutter gestoßen war. Die Fremden nehmen Milene verwundert und liebevoll auf in ihre Welt. Als sie eine Liebesbeziehung mit Antonino, einem Sohn der schwarzen Matriarchin, eingeht und von einer Heirat nicht abzuhalten ist, zeigt sich Milenes bürgerliche Verwandtschaft in aller kalten Durchsetzungsfähigkeit. Aber es ist, als prallten die Pläne, in denen Milene nichts als ein Entsorgungsfall ist, an ihrer Unbekümmertheit, an ihrer so berührenden Direktheit ab. Lídia Jorge ist eine psychologische Erzählerin von eindringlicher Kraft. Und sie ist eine große Realistin, der es gelingt, mit Milenes Geschichte ein ganzes Gesellschaftsbild aus unserer Gegenwart zu zeichnen.
Lissabon, Ende der achtziger Jahre. Im Obergeschoß eines zum Abbruch bestimmten Hauses leben sechs junge Leute, die alle die Verbindung zu ihrer Vergangenheit gekappt haben. Sie wollen, jeder für sich, über die Grenzen hinaus, von denen sie sich eingeengt fühlen, und gehen dabei riskante Wege. Beobachtet werden sie von einer Schriftstellerin, die sich mit ihrer Schreibmaschine neben ihnen einquartiert hat und ihre wirren Lebenslinien protokolliert – eine »Herausforderung an meinen Scharfsinn«. Bald schon wird ihr klar, daß dabei jemand auf der Strecke bleibt.
A Costa dos Murmúrios, publicado em 1988, é o mais famoso romance de Lídia Jorge, tanto em Portugal como no estrangeiro. O seu aparecimento foi um êxito desde o primeiro momento, tendo chegado a vender cerca de 50.000 exemplares em menos de um ano. A obra é produto da experiência que a autora viveu em África e, particularmente, dos seus três anos em Moçambique, imediatamente antes da queda do regime de ditadura em 1974. Com a nova ordem política, Portugal aceita a autonomia da sua colónia, que em Junho de 1975 obtém a independência plena. O romance reflecte a época da luta colonial segundo as recordações da autora, mas o fio condutor da trama é a traumática história de amor de Eva Lopo e Luís Alex, combatente ao serviço do projecto imperial salazarista. O romance abre com um conto relatado na terceira pessoa sobre o casamento de Eva e Luís. Mas, seguidamente, é Eva que assume a voz da narração e evoca os últimos vinte anos de vertiginosas transformações. Entre elas, é particularmente dolorosa a do seu marido, que se converte num repressor sanguinário, o que conduz Eva a manter, por despeito, uma relação amorosa com um jornalista mulato. Para além do seu vigoroso conteúdo como personagem de carne e osso, Luís é igualmente símbolo de um regime incapaz de gerar futuro algum e que tenta defender-se pela força. O balanço da evocação é tão lamentável e desolador como a própria guerra.
Trata-se da obra mais intimista da autora. Também a mais próxima de uma perspectiva feminista, já que nesta ficção a figura da mulher é perspectivada sob um ângulo de irónico ressentimento. A Última Dona relata o encontro, num lugar recôndito, da jovem Anita Starlet com um homem de meia-idade, o Engenheiro Geraldes, e da viagem que ambos fazem ao âmago das suas vidas, num ambiente de fuga e clandestinidade proporcionado pelo isolamento da Casa do Leborão.
Die Hauptfigur Julia Grei, eine früh verwitwete Kunststudentin, kämpft im Lissabon der 1980er Jahre um ihr Überleben und das ihres Sohnes. Trotz der Einmischungen von Freunden und Liebhabern bleibt sie auf ihrem Weg und reflektiert über die makabren Ereignisse in ihrem scheinbar gewöhnlichen Leben.