Von seinem Onkel überumpelt gerät Júlio Santana, der als Sohn einer armen Familie im Nordosten Brasiliens keine Chance auf einen anständig bezahlten Beruf hat, mit 17 Jahren auf die von ihm anfangs nur widerwillig eingeschlagene, Jahrzehnte dauernde Laufbahn eines Auftragsmörders. Klester Cavalcanti hat diese Biographie aufgeschrieben. In Júlio Santana, der ohne Hass, aber auch ohne Mitleid seinem Geschäft nachgeht und im Lauf seiner Karriere fast 500 Menschen umbringt, begegnen wir einem Familienvater, einem Hinterwäldler mit schlichtem und doch nachdenklichem Gemüt, der seinen Beruf akribisch und ehrgeizig praktiziert. Seine Tätigkeit rückt ihn dabei immer wieder in die Nähe brasilianischer Politik; so ist er an der Verfolgung von Gewerkschaftern beteiligt und wird zum Mörder der ersten Guerilleros in den siebziger Jahren. Doch er tötet auftragsgemäß vor allem 'gewöhnliche' Menschen; pedantisch hat er in einem Notizbuch mit Donald-Duck-Motiv alle Morde und deren z. T. mächtige Auftraggeber festgehalten – seine Lebensversicherung. Nach 35 Jahren schafft er endlich den Absprung. Seine Kinder halten ihn bis heute für einen Polizisten. Ein aufwühlendes Buch über die Entstehung von Menschenverachtung, Skrupellosigkeit und über die Normalität des Mordens – nicht nur in Brasilien.
Klester Cavalcanti Book order
Klester Cavalcanti is celebrated as a preeminent Brazilian investigative journalist, whose works delve deeply into the pressing issues of contemporary Brazil. His reports and books expose and critique subjects ranging from the destruction of the Amazon to the realities of modern-day slavery, establishing him as a vital voice in Brazilian literature. Cavalcanti's writing is distinguished by its rigorous research and its courageous confrontation of uncomfortable truths, earning him significant critical and public acclaim.


- 2013
- 2012
Dias de Inferno na Síria
O relato do jornalista brasileiro que foi preso e torturado em plena guerra
- 285 pages
- 10 hours of reading
O jornalista Klester Cavalcanti saiu de São Paulo, em maio de 2012, com a missão de registrar a realidade da guerra civil na Síria. Partiu para Beirute com toda a documentação em ordem e um contato esperando-o na cidade de Homs, então epicentro do conflito entre as forças de Bashar al-Assad e os rebeldes do Exército Livre da Síria. Mas acabou preso pelas tropas oficiais, torturado e encarcerado por seis dias, com mais de 20 detentos. Durante o período em que viveu no inferno, Klester não sabia o que o futuro lhe reservava. Acostumado a denunciar violações dos Direitos Humanos no Brasil, o jornalista conseguiu fazer seu trabalho no ambiente inóspito da prisão. Ali estavam os personagens e as histórias de vida que precisava para retratar a guerra civil, ouvindo os tiros e explosões que vinham das ruas que viu e fotografou antes de ser capturado. Até hoje, Klester é o único jornalista brasileiro a entrar em Homs, a terceira maior cidade da Síria e uma das mais afetadas pela guerra.