“O que transforma o mundo é a necessidade e não a utopia”
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Apesar de José Saramago se ter mostrado crítico em relação ao significado tradicional do conceito de utopia, a sua obra oferece muitas vias de análise de temáticas relacionadas. Os trabalhos aqui reunidos centrar-se-ão em temas que abrangem a (re)aprendizagem de humanidade, o pós-colonial, o iberismo, a imagologia, a tradução, a língua, o estilo, a representação da mulher, o imaginário, a identidade e as representações de cultura e história. Entre outros aspectos, trata-se de ilustrar o facto de Saramago nunca ter entendido a utopia como uma via paralela à realidade. Antes, considerou-a como extensão do presente histórico no amanhã, na sua possível transformação em “acção contínua” por convicção, o que também chegou a definir como “a minha utopia”. Although seen as critical of the traditional concept of utopia, José Saramago’s oeuvre enables many approaches to analysing related themes. The works gathered here will focus on a range of topics, spanning the (re)learning of humanity, postcolonialism, iberianism, imagology, translation, language, style, the portrayal of women, imagination, identity, and cultural and historical representations. Amongst other things, this volume aims to illustrate that rather than understanding utopia as disconnected from reality, Saramago saw it as an extension of the historic present in the immediate future, as a ‘continuous act of conviction’, which he also came to define as ‘my utopia’. Trotz seiner kritischen Betrachtung des herkömmlichen Begriffs der Utopie, eröffnet José Saramagos Werk diesbezüglich vielfältige Annäherungsmöglichkeiten. Die in diesem Band vorgelegten Studien beschäftigen sich vorrangig mit Aspekten wie dem (Wieder-) Erlernen von Humanität, mit postkolonialen und genderspezifischen Themen, mit Iberismus, Imagologie, Identität, Übersetzung, Sprache, Stil, Fiktion und der Darstellung von Kultur und Geschichte. So soll u. a. veranschaulicht werden, dass Saramago Utopie nicht als eine von der Wirklichkeit losgelöste Vorstellung verstanden wissen wollte. Er sah sie vielmehr als Fortsetzung historischer Gegenwart in der Zukunft, als ihre mögliche Umsetzung in “ständige Handlung” aus Überzeugung, was er schließlich auch als “meine Utopie” bezeichnete.